quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O nosssss querido e antigo sssssatélite mostrasssss numa espécie de contraponto horizontal.
O que tem de mexersssss mexesssss, movesssss, olhando tudo o que o não faz. Deixando rasto e arrastando toda a água que tem dentro de sssss.
Ali o dia não nasce. Mas também não anoitece. Não chove mas também não raia o sol do meio-dia. Não faz frio porque o calor não queima na fracção de tempo em que o tempo parou. Não ssssss tem nada para fazer porque fazer implica o tempo moversssss. Não há História porque não há passado nem futuro. O presente, que é o tempo em que se assina, existe num tempo sublime e único. Faz estenderssssse no que não tem maneira de ssssse mover. A cor das coisas não vai mudar porque em nada as coisas poderiam mudar ausentes do tempo.
E nós, todos nós, parados numa ataraxia geral. Não dispomos de mais nada alem de uma voz interior, num tom grave e alheio ao próprio corpo, que sssssangra os olhos por não ter como fazê-los piscar.
E a morte deixa de ssssser conceito para deixar de existir numa vida que sssssopra a dança que o ssssser implica. E a nudez dos corpos é fria como a do metal, porque aprendeu a estar como todas as coisas que ainda não nos ensinaram a estar cá para ssssser.